Esta história foi escrita em conjunto entre seis amigos na época estudantes de publicidade e um de jornalismo. Essa história assim como os diversos projetos desses amigos não foi terminada e nem nome recebeu. É apenas conhecida como Projeto Doze Mãos. Apenas os autores ou alguns deles leram toda a história, ou melhor, até onde ela foi escrita. Existe erros de ortografia e até de cronologia, pois ela nunca foi revisada e muito menos publicada . Por isso, sem pedir autorização pra nenhum deles eu começarei a publicá-la aqui.
Capítulo Um
- Comida nunca estraga, o fogo é que ainda não está alto o suficiente.
E agora ele me vinha com essa. Legítimo pseudo intelectualóide com frases de duplo sentido de quinta. Nos outros dias da semana ele era um simples dedo duro a mando do governo. Como todo mundo. E o pior, desde que esse pessoal de extremo-centro subiu ao poder ele me aparece aqui todos os dias. Só para implicar comigo.
Agora era minha massa carbonara colônia de fungos seu alvo. Porra, deixa a coitada em paz. Faz dez dias que ela está aí em cima da mesa quietinha sem incomodar ninguém.
Na verdade, acredito que ele está envolvido com a Hechú. Sua cara é suspeita. Parece ser um daqueles que ainda ficam se gabando de ter ligações com ela. E te fala isso olhando de cima e acaba a frase com uma risadinha tipo “viu como eu sou foda?”. Bom, não seria eu a lhe dar razão.
Por isso, desde que ele apareceu na minha vida ainda não consegui tirar aquilo de meu armário. Provavelmente ele não saiba que eu possuo isso. O meu medo é de que isso se manifeste bem no momento em que ele estiver presente.
E agora ele está ali, sentado, em frente à minha escrivaninha, mastigando um chiclete como uma vaca rumina o pasto. Eta sujeitinho insuportável. Preciso urgentemente me livrar dessa praga.
Uma sorte meu prédio ser bloqueado para ligações de molecular. Medidas de segurança segundo o governo.
- Tá a fim de comer uma torrada?
- Traz uma aí chefia!
- Traz porra nenhuma, taqui o dinheiro, desce lá e pega três pra cada um na lancheria da esquina.
- Puta merda, porque você não compra um fixo para manter contato com o mundo exterior e pedir uma teletransporte-entrega?
- Pára de reclamar... eu que estou pagando... vá buscar isso aí, guri!
Ele se levanta, chuta a cadeira e abre a porta com violência.
- Machão!
- Vai tomar no teu cú.
Vai você, otário. Vou aproveitar e desaparecer daqui.
Capítulo Dois
Aparentemente está um dia normal. Nublado e chuvoso como qualquer um atualmente. Vou aproveitar para dar uma passada no bar do Sinhô Richard. Ali sempre rola muita informação. Principalmente sobre a Hechú.
Aparentemente um bar normal. Quente e com ar pesado como qualquer um daquelas redondezas. Vou aproveitar para ter uma conversa com o Fhreddi. Ali sempre rola muita informação. Principalmente sobre a Hechú.
Aparentemente um cara normal. Irônico e cabeludo como qualquer um ali dentro. Vou aproveitar e dar uma prensa. Assim sempre rola muita informação. Principalmente sobre a Hechú.
Aparentemente uma informação normal. Dispersa e sem muitos detalhes como qualquer uma fornecida por aquele sujeito. Mas pelo menos é uma informação. E sobre a Hechú.
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