Você já imaginou acordar sentado na cama com um cachorro-quente no colo? Não. Então que tal você acordar com um cachorro-quente no colo e depois ir tomar banho e notar que suas costas estão todas arranhadas e ainda ver moedas caírem das suas costas, pois estavam grudadas nela e não ter nenhuma lembrança e explicação lógica para isso. E ser obrigado a acreditar que foi porque caiu de costas sobre um som velho, numa briguinha de bêbado com outro colega seu.
E que tal acordar sozinho num quarto estranho de hotel em que estava hospedado e não ter a mínima idéia de como foi parar ali e seus amigos também não saberem e ficarem metade da manhã procurando por você. Inacreditável também.
Tão inacreditável quanto sobreviver uma vez em que se resolve sair bêbado com outros bêbados com um bêbado azarado dirigindo pelas ruas de toda cidade em plena segunda-feira e ainda ir até a universidade para dormir, ou melhor, desmaiar no carro em pleno estacionamento do prédio da faculdade sob um solão de 35° ou então sair bêbado do carro e percorrer o prédio da faculdade todo abrindo as portas de tudo quanto é sala de aula até ver qual é a que você deveria estar. Morte certa? Não.
Porque pra quem já quase foi parar debaixo das rodas de um caminhão devido a uma manobra ousada de um motorista cheio de peripécias fica difícil acreditar que consiga sobreviver a mais essa: sair de madrugada bêbado voltando duma boate e querendo brincar de Fórmula 1 numa rótula e bater no canteiro, invadir um posto de gasolina com frentista saltando pra tudo quanto é lado querendo desviar do carro, e ainda assim não bater no poste e nem nas bombas de combustível e sair ileso. E o mais incrível é o seguro pagar o conserto todo. Inacreditável.
Achou bonito isso! Bonito é ficar bêbado e dançar “Put your hands up”, abraçar mesas, fazer helicóptero com os braços, jogar capoeira, bater nos outros, ficar agarrando os outros, mijar na rua, fazer chafariz, falar merrrrda, dançar moonwalker, mostrar o saco, discutir política, desmaiar no sofá, reclamar, incomodar os outros e depois de tudo isso ir comer um xis no Bigode de carona num Clio e às vezes num Siena, num Tipo, e uma vez quase de Astra. Oooo Beleza!
E que tal ir ao carnaval e de repente notar que está numa festa pop gay e depois ser assediado por um dos adeptos da festa enquanto mijava na rua. Puta que Pariu!
Puta que pariu é ir ao campus e não ter aula. E ter gasto passagem e uma hora pra ir ou outra pra voltar, sendo que nesse tempo podia estar fazendo algo útil, ou seja, dormindo e ainda assim ficar feliz por isso. Merrrrda.
Merrrda é ir pra Santos pegar uma praia e não ver a luz do sol e morar na vila do Chaves, tomando banho sentado no vaso. É ir por Rio de Janeiro e conseguir pegar chuva. É ir pra Meia Praia e nadar com coliformes fecais, ou seja, Merrrda.
Agora cale a boca e escuta. Que tal ficar trancado na entrada de um prédio entre a porta e a grade sem poder entrar no apartamento e nem sair porque quebrou a chave. E ainda pedir ajuda pra um bêbado na rua e no fim presenteá-lo com uma calça de tergal. Difícil de imaginar? Mais difícil é ouvir e depois tentar contar.
OO beleza! Beleza é fazer um luau à beira da praia, com cerveja morna numa friagem com uma bela fogueira feita com lenha, digo, galhos e pedaços de madeiras de uma cerca de um bar da beira da praia. E ainda presenciar uma cena romântica entre dois vira-latas e um bêbado que dormia na praia.
Na real tem coisas que contando ninguém acredita como cantar o hino rio-grandense na quadra da mangueira e sair vivo e não ser assaltado. Que é possível assinar Veja e Caras de graça pela internet. Que a sua prima carioca que parece santa é uma baita duma perva. Que você viu um mendigo “entubando” uma loca na frente do seu hotel
E outra coisa, alguém algum dia se arriscou ou se arriscará a comer o xis da Elba, o melhor xis da cidade. Ooo delícia! Outra delícia é a maionese de cebola, o salsichão direto na brasa, o catupiry fatiado mesmo não existindo, a massa carbonara ao vinho, a pizza com borda de catupiry, o coraçãozinho ao sal e o salsichão cru do final da festa. E que tal uma carne de monstro, arroz carnaval, lentilha com salsichão, bife de havaianas coberto com pedaços crocantes de papelão. Que fome! Uma picanha nobre ia bem.
Agora Seu Malandrops deixa de amadorismo e frescura. Cale a boca e nos diga a verdade: alguém acredita que já estamos formados?
____________________________________________
Update 1: comentário Fernando Valdeci
"Caros Gourmets do Catupiry Fatiado
E contando ninguém acredita, que em uma festa o Homem-Sonar-Submarino, achou que fosse helicóptero, e ficou brincando de suicida no parapeito da cobertura de um prédio alto?
Inexplicavelmente, depois que esse cara casou, parou de roncar feito um sonar submarino. Talvez porque a integridade física dele dependia disso diretamente. E contando, ninguém acredita que ele não era filho do prefeito da cidade, tamanha a semelhança.
'Muito além de um queijo, catupiry fatiado é uma filosofia de vida, um ideal a ser alcaçado' "
Update 2:
Contando ninguém acredita que esqueci um fato incrivelmente inusitado. Alguém pode acreditar que é possível pegar uma mina na delegacia. Puta que pariu pra superar essa só, bem até agora ninguém superou essa.
Um comentário:
Caros Gourmets do Catupiry Fatiado
E contando ninguém acredita, que em uma festa o Homem-Sonar-Submarino, achou que fosse helicóptero, e ficou brincando de suicida no parapeito da cobertura de um prédio alto?
Inexplicavelmente, depois que esse cara casou, parou de roncar feito um sonar submarino. Talvez porque a integridade física dele dependia disso diretamente. E contando, ninguém acredita que ele não era filho do prefeito da cidade, tamanha a semelhança.
"Muito além de um queijo, catupiry fatiado é uma filosofia de vida, um ideal a ser alcaçado"
Postar um comentário